PERANTE O RISO GERAL
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Pluto - Convite
Ele disse "isto é (só) um convite". Eu achei que era conversa fiada. Qualquer dia faz três anos.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Recasar
Não tem nada a ver com audácia. Tem a ver com paixão. Com amor, muito, mas com paixão (tanta). Foi isso que eu vi no sábado. Que foi vosso, mas que foi tão nosso. É um privilégio estar perto. E divertido. Tão divertido.
Mais um
Charlotte is Beck
Nota do editor: bata-se na madeira três vezes antes de prosseguir com a leitura deste texto. Um dia, quando for velhinha e morrer, Charlotte Gainsbourg deverá ter escrito no seu epitáfio: "Sobreviveu a Lars von Trier" A cantora que agora apresenta "IRM" é também actriz e está no cinema com um filme que já foi chamado de tudo (de desagradável para baixo e chocante para cima). Em "Anticristo", Charlotte é uma mãe que perde um filho e, garante a crítica, passa o filme a destruir-se na relação com o marido, Willem Dafoe. Em entrevistas a propósito de "Anticristo", Charlotte fez o que Nicole Kidman e Bjork (actrizes de von Trier em "Dogville" e "Dancer in the Dark") não fizeram: não se queixa. E isso explica-se. Realizador e actriz passaram as filmagens a lamber feridas: ele a recuperar de uma depressão, ela a recuperar de um acidente de esqui aquático (que resultou numa hemorragia cerebral só detectada semanas após o acidente, o que fez com que tivesse de ser operada de urgência e desenvolvesse o medo de morrer a qualquer momento). Mas Charlotte Gainsbourg, francesa, 38 anos, voltou. E, sim, a sombra do pai, o cantor e compositor francês Serge Gainsbourg, que morreu quando a filha tinha 19 anos, veio com ela. De resto, é por ele que ela não canta mais em francês (diz que se sente pequenina) e é também dele que fala neste álbum. Mas o que interessa é que Charlotte voltou. E trouxe Beck (ou Beck trouxe-a a ela). "IRM" é o resultado de apenas alguns dias de estúdio com o músico. Dias que começaram com um som (a primeira contribuição de Charlotte para o álbum): o de um ressonância magnética (IRM). O som que a tinha traumatizado e que agora dá o tom para um disco de pop inteligente, com a sofisticação que se impõe a uma obra que chega assinada por Beck e uma voz que, sendo feminina, não é fã de floreados. "IRM" traz ainda um presente: um dueto de Charlotte e o homem que, fazendo-lhe um disco, não lhe faz sombra, Beck. A faixa que partilham chama-se "Heaven Can Wait". E é verdade, pode esperar. Aquilo do epitáfio era só a brincar.
Nota do editor: bata-se na madeira três vezes antes de prosseguir com a leitura deste texto. Um dia, quando for velhinha e morrer, Charlotte Gainsbourg deverá ter escrito no seu epitáfio: "Sobreviveu a Lars von Trier" A cantora que agora apresenta "IRM" é também actriz e está no cinema com um filme que já foi chamado de tudo (de desagradável para baixo e chocante para cima). Em "Anticristo", Charlotte é uma mãe que perde um filho e, garante a crítica, passa o filme a destruir-se na relação com o marido, Willem Dafoe. Em entrevistas a propósito de "Anticristo", Charlotte fez o que Nicole Kidman e Bjork (actrizes de von Trier em "Dogville" e "Dancer in the Dark") não fizeram: não se queixa. E isso explica-se. Realizador e actriz passaram as filmagens a lamber feridas: ele a recuperar de uma depressão, ela a recuperar de um acidente de esqui aquático (que resultou numa hemorragia cerebral só detectada semanas após o acidente, o que fez com que tivesse de ser operada de urgência e desenvolvesse o medo de morrer a qualquer momento). Mas Charlotte Gainsbourg, francesa, 38 anos, voltou. E, sim, a sombra do pai, o cantor e compositor francês Serge Gainsbourg, que morreu quando a filha tinha 19 anos, veio com ela. De resto, é por ele que ela não canta mais em francês (diz que se sente pequenina) e é também dele que fala neste álbum. Mas o que interessa é que Charlotte voltou. E trouxe Beck (ou Beck trouxe-a a ela). "IRM" é o resultado de apenas alguns dias de estúdio com o músico. Dias que começaram com um som (a primeira contribuição de Charlotte para o álbum): o de um ressonância magnética (IRM). O som que a tinha traumatizado e que agora dá o tom para um disco de pop inteligente, com a sofisticação que se impõe a uma obra que chega assinada por Beck e uma voz que, sendo feminina, não é fã de floreados. "IRM" traz ainda um presente: um dueto de Charlotte e o homem que, fazendo-lhe um disco, não lhe faz sombra, Beck. A faixa que partilham chama-se "Heaven Can Wait". E é verdade, pode esperar. Aquilo do epitáfio era só a brincar.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
E se isto fosse o Record?
Eu às vezes escrevo coisas assim. E muitas vezes quase ninguém as lê. Dizem-me que tenho de as publicar. Então vá. Seja.
Pablo & Javier
No balneário deve ser assim: "- Tu hoje foste o melhor. - Não, tu é que foste. - Não, tu foste melhor. - Não, tu é que foste." Aimar e Saviola já se devem ter elogiado mais um ao outro nos jornais do que José Mourinho em frente ao espelho. Há dez anos, ainda faziam estragos na frente de ataque do River Plate, Saviola disse de Aimar: "Ele simplifica as coisas." Como bom maestro, Pablo devolveu o elogio a quem tem as unhas para tocar a guitarra: "Ele tem explosão, velocidade e um futuro enorme." Esse futuro aconteceu, mas afastou-os algum tempo. No início desta época, por graça de Jesus, voltaram a encontrar-se no relvado. E é como se fossem miúdos a jogar na rua: trocam as voltas aos adversários e sorriem como quem diz "já enganámos mais onze". Quando se começou a falar de uma eventual vinda de Saviola para o Benfica, Aimar explicou à "Mística", revista oficial do clube, a razão de tanto entendimento: "Jogámos juntos desde pequenos. A mãe dele fazia muitas vezes comida para mim e eu ficava muitas vezes em casa deles. O nosso futebol era o reflexo da amizade que nos unia e a arte saía de forma natural dos nossos pés. Foi o avançado com que melhor me entendi. É interessante que quando fui para o Saragoça me disseram que ele ia para lá, mas acabou por ir para o Real Madrid. Foi pena, pois gostaria de ter voltado a jogar com ele e ainda tenho esperança que tal aconteça." Hoje, não há como eles a dançar o tango. O Benfica pode não ganhar o campeonato, ficar a meio caminho na Taça da Liga e na Liga Europa (que bata na madeira todo e qualquer benfiquista que nos leia), mas esta dupla já esbanjou talento nos relvados portugueses. E nem o mais doente adepto do Porto, Sporting ou Braga nega a evidência: se este Benfica deslumbra, é muito por culpa destes dois. Que querem ir juntos ao Mundial, assim El Pibe o permita. É que Maradona já se vergou ao talento de Aimar, mas ainda não está completamente convencido com Saviola. Parece que não sabe que um mágico precisa sempre de um coelho para tirar da cartola.
Pablo & Javier
No balneário deve ser assim: "- Tu hoje foste o melhor. - Não, tu é que foste. - Não, tu foste melhor. - Não, tu é que foste." Aimar e Saviola já se devem ter elogiado mais um ao outro nos jornais do que José Mourinho em frente ao espelho. Há dez anos, ainda faziam estragos na frente de ataque do River Plate, Saviola disse de Aimar: "Ele simplifica as coisas." Como bom maestro, Pablo devolveu o elogio a quem tem as unhas para tocar a guitarra: "Ele tem explosão, velocidade e um futuro enorme." Esse futuro aconteceu, mas afastou-os algum tempo. No início desta época, por graça de Jesus, voltaram a encontrar-se no relvado. E é como se fossem miúdos a jogar na rua: trocam as voltas aos adversários e sorriem como quem diz "já enganámos mais onze". Quando se começou a falar de uma eventual vinda de Saviola para o Benfica, Aimar explicou à "Mística", revista oficial do clube, a razão de tanto entendimento: "Jogámos juntos desde pequenos. A mãe dele fazia muitas vezes comida para mim e eu ficava muitas vezes em casa deles. O nosso futebol era o reflexo da amizade que nos unia e a arte saía de forma natural dos nossos pés. Foi o avançado com que melhor me entendi. É interessante que quando fui para o Saragoça me disseram que ele ia para lá, mas acabou por ir para o Real Madrid. Foi pena, pois gostaria de ter voltado a jogar com ele e ainda tenho esperança que tal aconteça." Hoje, não há como eles a dançar o tango. O Benfica pode não ganhar o campeonato, ficar a meio caminho na Taça da Liga e na Liga Europa (que bata na madeira todo e qualquer benfiquista que nos leia), mas esta dupla já esbanjou talento nos relvados portugueses. E nem o mais doente adepto do Porto, Sporting ou Braga nega a evidência: se este Benfica deslumbra, é muito por culpa destes dois. Que querem ir juntos ao Mundial, assim El Pibe o permita. É que Maradona já se vergou ao talento de Aimar, mas ainda não está completamente convencido com Saviola. Parece que não sabe que um mágico precisa sempre de um coelho para tirar da cartola.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Digo-vos,
à conta de tantos sismos no Chile, de vez em quando dou por mim a achar que estou num epicentro. Depois reparo que é só o tique do meu (próprio) pé a bater.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
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