quarta-feira, 16 de julho de 2008
O fim do mundo não é o Alasca
O fim do mundo é onde as pessoas não saem à rua. Onde se fecham em casa mesmo que seja Verão. Onde a rádio só passa grandes hits dos anos 90. Onde o único ruído que se ouve é o de carros em movimento (porque estacionar seria parar, ficar, estar - e no fim do mundo o objectivo é andar por andar). O fim do mundo não é o Alasca porque o fim do mundo é aqui. Ou lá, onde eu nasci. Onde, percebi agora, já não há ideias. Nem esperança. O lugar onde eu nasci é mais bonito hoje que há vinte anos, mas não tem mais ideias do que há dez. E eu não podia viver no lugar onde nasci porque ele não me sabe a casa. Sabe-me a pouco.
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4 comentários:
E eu não podia viver no lugar onde vivo porque ele não me sabe a casa. Sabe-me a pouco.
engraçado, eu também já pensei assim mas agora sinto o contrário. tenho cada vez mais a certeza que o meu lugar é lá, no fim do mundo (e olha que o meu fim do mundo é ainda mais no cu de judas do que o teu). o pouco às vezes pode ser tanto... (acho que estou a ficar velha, é o que é).
Benvinda a casa!!!
é, benvinda a casa! e a esta também, é uma espécie de casa, não é?
bj
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