sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Futilidades
A pipoca mais doce anda louca. Não ela exactamente, mas o blogue dela, os leitores dela. Tudo porque a pipoca gosta de sapatos (a pipoca, essa entidade que na verdade é uma pessoa de carne e osso, que eu todos os dias vejo comer e escrever e bocejar - e que sorte que eu tenho, não é?). A minha questão é: quem é que ainda não tinha percebido que os blogues são, na essência e no propósito, exercícios de vaidade? Os blogues existem porque achamos todos (os que têm blogues e os que não têm) que aquilo que temos para dizer tem muito interesse. Se não fosse assim, contentávamo-nos com as conversas que temos nas horas mortas dos casamentos. Não nos contentamos. Gostamos de partilhar. E há pessoas, como a Pipoca, que gostam de partilhar sapatos (note-se que isto é uma metáfora para algo muito maior - dos sapatos à luta pelos direitos iguais entre homens e mulheres). Foi a escolha dela, não é? Portanto, vão destilar ódio para outros lados, pode ser? Até porque... quem, mas quem, é que perde tempo de vida a tecer duras críticas altamente fundamentadas a um blogger? Para quê? Fazem-me lembrar os jogadores de futebol. Não há memória de um árbitro ter dito a um jogador de futebol: "Sim, senhor, tem toda a razão em protestar, vou já retirar este cartão amarelo que acabei de lhe mostrar, onde é que eu tinha a cabeça?" Portanto... quem é que acha que um blogger vai mudar tudo na sua vida para agradar a um leitor que a maior parte das vezes até é anónimo? Não foi para isso que os blogues se criaram. Os blogues criaram-se, repito, para que que todos possamos ser um bocadinho mais vaidosos. E na nossa vaidade cabem todos os sapatos do mundo. Não há futilidade nisso.
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13 comentários:
Concordo contigo e já deixei um comentário à pipoca..
*BJS*
Já tinha lido de tarde os últimos 2 posts da pipoca. Agora li o teu e concordo com cada linha que escreveste. Não percebo como é que há pessoas que se dão ao trabalho de "infernizar" os blogues alheios; se não gostam ou discordam do que lêem, há uma cruzinha no canto superior direito do ecrã (ou uma seta no esquerdo), ninguém os obriga a "meter o bedelho".
Eu confesso que, por vezes, até vou espreitar os comentários aos textos da pipoca e a maior parte das vezes fico revoltada com tamanhas barbaridades que por lá se escrevem (mas depois vejo a cruzinha, "clico" nela e tudo passa).
Só mais uma coisa, mesmo que houvesse futilidade, ninguém tem nada com isso; quem não gostar, põe na beirinha do prato!
Ja comentei na Pipoca e agora comento aqui: concordo com todas as tuas palavras.
Para mim, um blog é um 'diario digital' e ninguem tem que ver com o que escrevemos/desabafamos/desejamos etc.
Sim, somos vaidosos e a vaidade tem dias em que é bom possui-la e só nos faz gostar de nós. E um blog, sim, é para onde a expelimos na maior parte das vezes.
POrém há pessoas que para além da falta de vaidade têm é falta de bom senso.
e agora só faltava aqui comentario a dizer
"pois, e gaja que é gaja defende se spzinha e nao rpecisa das maigas para fazerem posts nos blogs delas!!!"
mas enfim, não vou ser eu que o vou fazer pq pronto, concordo perfeitamente consigo e com a pipoca, cada um tem um blog pq lhe apetece e só comenta/lê quem quer. eu tb tenho o meu, e no entanto ngm o comenta,o q honestamente é o que menos me preocupa, pq se escrevo é pq gosto e não é pa virem cá mandar postas de pescada (ainda pra mais azedas e cheias de inveja [ coisa tão tipica...] )
de qqr das maneiras, vim cá parar pela pipoca (q já deve ter reparado) mas tenho gostado do q leio =)
beijinhos
meu deus, que me troquei toda ! "gaja q é gaja defende se sozinha e nao precisa das amigas a fazerem posts nos blogs delas"
é de amiga este post, trapezista. gostei.
É realmente estúpido.. Li parte da discussão da pipoca (não tive paciencia para toda), é que é mesmo ridiculo!Se esta gente desocupada fosse passar a ferro ou varrer o chão em vez de chatear os outros... É por estas e por outras que eu instaurei a censura no meu blog. Não gostam? temos pena! O blog é MEU :p
bem, aquilo andou mesmo ao rubro. nem tive coragem de comentar lá, por isso comento no teu, que tb é tão simpático e arejado.força ás duas, à dupla.
eu achei fabuloso 249 comentários...
Apoiado!
Concordo na integra com este post!
Um grande bem haja para a Trapezista, porque ter amigas assim é mesmo reconfortante :)
quando se tem blog com comentários abertos ao povo ou se está preparado para ler tudo o que vem à rede ou então é melhor pôr um aviso, que só se aceitam comentários encorajadores, elogiosos, que digam apenas que se é o máximo. Não me pareceu que os leitores da pipoca se tenham passado, houve uma pessoa que se exprimiu de forma avessa à postura da pipoca no meio de centenas de admiradores incondicionais. Pelos vistos no blog da pipoca não se gosta do contraditório. Pelos vistos a pipoca gosta de falar de sapatos mas não gosta que lhe digam que acham que isso é fútil. Pelos vistos quem diz que isso é fútil tem imediatamente selvas amazonicas debaixo dos braços e florestas negras entre as pernas.
O que eu acho óptimo é que cada um escreva o que lhe apeteça no seu blog, sejam sapatos ou recensões críticas à guerra e paz. E também acho óptimo que em tendo comentários abertos se aprenda a lidar com o mundo que nos rodeia, feito de pessoas que estão de acordo, em desacordo ou indiferentes ao que dizemos e fazemos.
E não, não deixei comentário na pipoca. Custa-me muito ser a irmã do meio em 260. Manias.
Sapatos e malas e colares e brincos e roupa (muita) e maquilhagem e tudo. Cabe tudo e ninguém tem nada a ver com isso.Olhe, e vamos lá tentar manter isto ao ritmo de um post por dia, sim?Bem.
Eu ia escrever o que a d. ester escreveu, mas muito pior. Estou plenamente de acordo com ela. Porque se os blogues existem para pôr posts e querem comentários, tem que se saber lidar com a diversidade. E se a pessoa achou que a Pipoca é fútil, tem todo o direito. Como a Pipoca tem de achar que não o é. A saber viver na diversidade chama-se maturidade e tem de se aprender a respeitar. Coisa que, pelos lados da Pipoca, ainda existe pouco... A idade explica-o; mais uns anos e aquilo passa-lhe.
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